Neste ano teremos no Brasil eleições diretas para Prefeitos e Vereadores dos Municípios. Não me preocupa tanto o candidato a Prefeito ou vereador, mas se o conjunto que eles representam tem capacidade de manter a máquina do município de pé, quer dizer, se reúnem em seus quadros dirigentes públicos em número suficiente e com capacidade para administrar o estado. No governo federal, em 2009, segundo dados de Maria Celina d”Araujo em seu “A elite dirigente do governo Lula”, ficamos sabendo que existem no governo federal cerca de 80 mil cargos de confiança, funções de confiança e gratificações no Poder Executivo Federal. Tanto o Presidente, quanto os ministros de Estado dispõem de um número surpreendente de nomeações a sua disposição, e por esta razão, que governos a direita e a esquerda usam a máquina de estado para fazer compensações politicas. Nada indica que a máquina municipal seja proporcionalmente menor. Segundo dados do jornalista Políbio Braga, em Porto Alegre são cerca de 1200 cargos. Não é pouca coisa.