A cidade um dia será do automóvel

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Foi o vereador porto-alegrense Guilherme Socias Villela que propos em artigo no Jornal Zero Hora, o debate sobre os usos do automóvel na cidade. A proposta é fascinante. Podemos explora-la mais. Se o carro fosse apenas o cigarro do futuro, e seu uso, o produto de hábitos chiques e elegantes, ainda estaríamos no plano do uso elitista do veículo. O problema, nos diz o sociólogo André Gorz, é que é justamente o contrário, é o fato de termos democratizado o acesso ao carro que é a origem de todos os nossos problemas. Para Gorz, carros surgiram como castelos e mansões sim, bens para o uso de minorias ricas. A essência do luxo é que ele não pode ser democratizado. O carro sempre foi um bem anti-social, paradoxalmente, defendido até pela esquerda. Sua massificação é uma vitória da ideologia burguesa que deu a cada um a ilusão de que pode procurar o seu benefício a custa de todos os demais. Nada mais equivocado.

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